Daniel de Oliveira narrando a série (Foto: Marcos André Pinto/Discovery) |
Cerca de 70% da superfície terrestre é coberta por mares e oceanos. Nessas águas acontecem dinâmicas fundamentais para a vida no planeta, desde o passado longínquo, com o surgimento das primeiras moléculas orgânicas, aos complexos ecossistemas que se desenvolveram ao longo dos milênios.
Cena do primeiro episódio |
Com estreia no Dia da Terra, domingo, 22 de abril, às 21h30, e narração do ator Daniel de Oliveira (“Cazuza: O Tempo Não Para”), a superprodução PLANETA AZUL II (Blue Planet II) percorre o globo para documentar a força majestosa de mares e oceanos, as espécies que eles abrigam, e como esse ambiente aparentemente hostil para os humanos é também responsável por nossa existência.
Os sete episódios de uma hora compilam os resultados de quatro anos de filmagens, seis mil horas de mergulho, 125 expedições realizadas em 39 países de todos os continentes. O aparato técnico e tecnológico utilizado pela produção – entre câmeras e lentes especiais, equipamentos submarinos operados remotamente e até uma modalidade de mergulho que não gera bolhas – permitiu a observação das espécies inseridas em seus próprios habitats e dinâmicas.
Combinando essa avançada tecnologia em captação de imagens ao acesso a pesquisas recentes e seus responsáveis, PLANETA AZUL II chega a locais ainda inexplorados e registra comportamentos de animais que persistiam um grande mistério até então – como, por exemplo, a luta pela sobrevivência que os filhotes de tartarugas marinhas precisam empreender desde os seus primeiros dias em mar aberto.
A série revela a principal ameaça aos habitats marinhos: o plástico. Cerca de oito milhões de toneladas de sólidos derivados do petróleo são despejados nos oceanos por ano, o equivalente a um caminhão de lixo lançado na água a cada minuto. A presença do plástico nesses habitats, incluindo o gelo do Ártico, traz consequências graves em toda a cadeia alimentar: milhares de animais são feridos diariamente por resíduos transportados pelas correntes.
No episódio de estreia, PLANETA AZUL II vai dos trópicos aos polos. Nas águas tropicais, um filhote de golfinho aprende a imitar os animais mais velhos e a esfregar o corpo contra um coral para aproveitar-se de suas propriedades antibacterianas; um engenhoso peixe desafia aquilo que sabemos sobre esses animais ao abrir moluscos com a ajuda de uma “ferramenta”; e o peixe gigante que salta além da superfície para abater aves.
Nos mares temperados, as raias mobula protagonizam um espetáculo noturno junto a microrganismos bioluminescentes; baleias e golfinhos formam uma imbatível equipe em um raro caso de colaboração entre diferentes espécies e o intrigante caso do peixe cuja fêmea passa por uma drástica mudança hormonal e enzimática, tornando-se macho.
Ainda na estreia, a série fala das mudanças drásticas e alarmantes: no Polo Norte, o gelo marinho no verão recuou 40% nos últimos 30 anos. Enquanto as correntes oceânicas ajudam a manter um clima favorável para a vida, não se sabe por quanto tempo os ecossistemas polares conseguirão manter-se estáveis.
Os episódios continuam divididos por tipos de habitat: na segunda semana, a série vai às profundezas abissais; o terceiro episódio mergulha nos arrecifes; na quarta semana, as câmeras mostram o Big Blue, um deserto marinho onde a escassez define o ambiente e suas interações; o quinto episódio fala sobre os pontos oceânicos onde toda a cadeia alimentar tem sua origem: neles, os plânctons e algas são abundantes; em sua sexta semana, a série percorre as áreas costeiras.
Por fim, em seu último episódio, PLANETA AZUL II une Sir David Attenborough a cientistas de todo mundo para discutir soluções para os graves problemas que a ação humana vem causando aos oceanos. Algumas delas já renderam bons resultados; outras precisam ser implementadas com urgências.
PLANETA AZUL II (Blue Planet II)
Estreia: domingo, 22 de abril, às 21h30 – reexibições às segundas-feiras, 23h10
Classificação indicativa: Livre
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