Campala, 27 mar (EFE).- A Comissão de Comunicações de Uganda (UCC, na sigla em inglês) suspendeu nesta terça-feira as licenças de 23 emissoras de rádio por supostamente "promoverem bruxaria", informaram veículos de imprensa locais.
A porta-voz da UCC, Pamela Ankunda, explicou ao jornal "Daily Monitor" que as emissoras fechadas tinham "participado da promoção e da publicidade de conteúdo de bruxaria, e em ajudar e incitar à fraude eletrônica".
A Comissão se referiu à legislação publicada em março de 2014 que advertia aos serviços de radiodifusão que estes não deveriam promover e anunciar conteúdos relacionados com bruxaria.
Essas emissoras só poderão voltar a transmitir se houver um compromisso de não veicular este tipo de conteúdo, acrescentou a porta-voz da UCC.
Ankunda recomendou que as emissoras "ensinem" seus apresentadores "o que se deve ou não fazer no jornalismo" para que não voltem a enfrentar uma situação similar no futuro.
Apesar de não ter especificado as acusações de promoção da bruxaria, em termos de fraude eletrônica Ankunda afirmou que as emissoras fechadas permitiam anúncios de charlatães que asseguravam ter poderes curativos.
Assim como acontece em muitos países africanos, em Uganda a rádio continua tendo grande importância no panorama midiático, por isso a concorrência entre emissoras pelos minutos de publicidade fez com que muitas delas fossem obrigadas a ceder espaço em sua programação para qualquer um que possa pagar por ele.
Alguns anunciantes em rádios ugandenses são curandeiros e vendedores de amuletos, algo que a UCC considera como conteúdo relacionado com bruxaria.
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