La Casa de Papel: prós e contras da série espanhola em 7 tópicos


A série espanhola La Casa de Papel segue fazendo muito sucesso no Brasil desde que entrou no catálogo da Netflix no começo deste ano.
O programa, que apresenta uma engenhosa trama de assalto à Casa da Moeda na Espanha, tem agrado os assinantes e gerado muito boca a boca junto ao público.
Pensando no sucesso da série, separamos algumas qualidades (e também alguns deslizes) que encontramos em La Casa de Papel.

Atenção! O texto contém alguns spoilers sobre a trama da primeira temporada da série!

1. Trama de assalto

Pró: Tramas de assalto sempre apresentam reviravoltas, enquanto polícia e ladrões realizam um jogo de força, poder e inteligência para alcançar seus objetivos.
Contra: Essas narrativas se beneficiam, com frequência, da omissão de partes do plano de assalto como forma de enganar e surpreender os espectadores.

2. O Professor

Pró: O grande articulador do assalto à Casa da Moeda Espanhola parece ter pensando em todas as possibilidades e complicações que poderia enfrentar, ficando sempre um passo à frente da polícia.
Contra: Apesar de exercer grande controle sobre a operação, o Professor comete erros básicos, como deixar várias pistas do seu plano na casa que servia de QG e preparação para o assalto (mas, quem sabe, isso que pode mudar na segunda temporada!).

3. Raquel

Pró: A série se favorece em ter uma mulher no comando da operação policial responsável em lidar com o maior assalto da história da Espanha.
Contra: O retrato que se faz da inspetora é de uma pessoa desqualificada para o trabalho, cometendo várias gafes ao longo do caminho, sendo massacrada pela mídia e julgada pelos seus colegas.

4. As relações de Raquel

Pró: Raquel se revela uma personagem complexa, com problemas pessoais e conflitos familiares, e não apenas uma figura contextualizada só pelo trabalho.
Contra: Em um momento de crise extrema no trabalho, Raquel tem tempo para ficar com a mãe (com Alzheimer), para discutir a relação com o colega (que é apaixonado por ela) e ainda consegue sair em um encontro (com o próprio Professor) - o que a faz perder o foco.

5. Paixões

Pró: A série desenvolve várias relações entre personagens, problematizando afetos, alianças e paixões; o que deixa toda a trama mais interessante.
Contra: Alguns relacionamentos são totalmente clichês, como o personagem Arturo, que se diz igualmente apaixonado pela esposa e pela amante/secretária.

6. Lógica do assalto

Pró: No decorrer da temporada, vamos compreendendo a lógica do plano do Professor, com boas justificativas para cada etapa da operação – especialmente para ganhar tempo na impressão de mais dinheiro!
Contra: Algumas vezes o roteiro exagera no plano de contingência do Professor; por exemplo, quando ele evita a elaboração de seu retrato falado entrando em uma viatura da polícia e ameaçando a testemunha pelo canal de rádio no mesmo momento em que é feita a descrição.

7. De máscaras, todos são iguais

Pró: Um dos melhores aspectos da série é o uso das máscaras de Salvador Dalí, as quais os assaltantes vestem também os reféns, dificultando a identificação pela polícia. De certo modo, as máscaras refletem também a caracterização dos personagens – que não são simplesmente bons ou ruins.
Contra: Usar reféns caracterizados da mesma maneira que os ladrões ou assaltantes não é uma novidade em tramas de assalto; basta lembrar do filme Thomas Crown – A Arte do Crime.

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