CANAL BRASIL FAZ HOMENAGEM À ESCRITORA CLARICE LISPECTOR NESTE SÁBADO, DIA 9, DATA QUE MARCA OS 40 ANOS DE SUA MORTE.

Divulgação/TV BRASIL


Neste 
sábado, dia 9, data que marca os 40 anos da morte da escritora Clarice Lispector (1920 – 1977), o Canal Brasil apresenta o especial "40 Anos Sem Clarice", com dois filmes adaptados de obras da escritora. Às 14:10, o canal exibe "De Corpo Inteiro — Entrevistas", de 2008 (foto) ; e às 15:20 é a vez de "A Hora da Estrela", de 1985.
 
"DE CORPO INTEIRO — ENTREVISTAS" 


O filme revive as entrevistas conduzidas pela escritora Clarice Lispector publicadas nas revistas Manchete e Fatos & Fotos nos anos 1970. Misto de ficção e documentário, o longa apresenta extratos de conversas repletas de confissões, filosofias e impressões do mundo de um time de entrevistados que forma parte importante do retrato da intelectualidade brasileira: Nelson Rodrigues, Fernando Sabino, Rubem Braga, Carybé, Jorge Amado, Ferreira Gullar, Carlinhos Oliveira, Hélio Pellegrino, Tônia Carrero, Maria Bonomi, Djanira, Nélida Piñon, João Saldanha, Oscar Niemeyer e Elke Maravilha.
 
Muito além de simplesmente entrevistá-los, Clarice se entrega – de corpo inteiro – a seus convidados. Não há, de maneira alguma, espaço para a banalidade. O trabalho jornalístico da escritora é coerente com sua literatura; ela se interessa pela camada mais profunda da personalidade humana. Assim, nenhuma questão é desperdiçada com futilidades. É como se soubesse que cada uma de suas linhas formaria parte importante do legado de todos eles ao mundo. As perguntas são firmes, diretas, mas cercadas de poesia. "Como é seu processo criativo?", "o que é a morte?", "o que é o amor?" são exemplos de questionamentos propostos pela escritora, deixando clara também a importância dada por ela à investigação de um terreno nada simples
 
"A HORA DA ESTRELA" 


Lançado em 1977, o livro ganhou adaptação para o cinema oito anos depois. O longa estrelado por Marcélia Cartaxo, José Dumont, Tamara Taxman e Fernanda Montenegro foi amplamente premiado em mostras nacionais e internacionais da sétima arte, com destaque para láureas conquistadas no Festival de Berlim e de Brasília. A trama é protagonizada pela jovem e inocente Macabéa (Marcélia Cartaxo), uma emigrante nordestina recém-chegada a São Paulo, um retrato comum a muitos dos retirantes que deixaram o norte do país em busca de melhores condições nas metrópoles brasileiras na década de 1970.
 
A vida na grande cidade não é fácil. Ela trabalha por menos de um salário mínimo em um escritório como digitadora, apesar de ser praticamente analfabeta, e divide um quarto com outras três jovens. A moça não possui grandes aspirações na vida, mas gostaria de ter um namorado e se encanta quando conhece Olímpico (José Dumont), um metalúrgico com pretensões políticas. Eles começam um namoro sem muito contato físico, e, apesar de sonhar com um cargo que exige habilidade com as palavras, o operário é bastante rude com a jovem, por quem não demonstra muito carinho. Sua pacata vida vai ganhar emoção e contornos trágicos quando sua colega de trabalho, a libertina Glória (Tamara Taxman), procura a cartomante (Fernanda Montenegro) em busca de sorte nas cartas para encontrar um marido.

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