Homem confessou o homicídio de 27 mulheres; corpos eram ocultados em porão de castelo projetado pelo assassino divulgação:ID |
Neste sábado, 11 de novembro, às 23h10, o Investigação Discovery retorna ao século XIX para narrar a história do Dr. Holmes, como era conhecido Herman Webster Mudgett, o primeiro assassino em série dos Estados Unidos. Baseada em fatos reais, O Castelo dos Horrores (The Murder Castle) reconstitui os crimes de Holmes, que atraia jovens mulheres para sua opulenta casa, onde as seduzia e assassinava.
Em três episódios exibidos em sequência, a série reúne depoimentos de especialistas – entre psicólogos forenses, historiadores, autores e cineastas que trabalharam em obras sobre Holmes – a dramatizações que reconstituem os fatos conforme os registros históricos. No domingo, 12 de novembro, às 20h40, o canal reexibe os três episódios também em sequência.
O Castelo dos Horrores era uma edificação projetada pelo próprio Holmes, ocupava o quarteirão inteiro e era uma demonstração de poder que atraía olhares curiosos daquelas que poderiam ser as próximas vítimas. No andar térreo, funcionavam uma farmácia e o laboratório de Dr. Holmes – a casa aberta ao comércio e a polidez o colocavam acima de qualquer suspeita.
Na verdade, o prédio era um labirinto de três andares, com salas e passagens secretas projetadas para facilitarem os assassinatos e a ocultação dos corpos das vítimas. Holmes demitiu os operários que trabalharam na construção do edifício por diversas vezes ao longo da obra, de forma que apenas ele conhecia a planta por completo.
A narrativa da série tem um marco inicial: maio de 1893, quando foi aberta a Exposição Universal, evento de celebração do quarto centenário da chegada de Cristóvão Colombo à América, realizado em Chicago – os pavilhões atraíram milhões de pessoas para a cidade, entre elas a jovem Rosemary Ross, o caso contado no primeiro episódio da série.
Aos 22 anos, ela busca emprego na propriedade de Holmes como assistente de farmácia. Recém-chegada a Chicago, ela se encanta com a possibilidade de trabalhar e viver em um dos 35 quartos do castelo. Não demora e Rosemary se apaixona, tendo a certeza de que é correspondida.
Ela não suspeita que carisma, poder, prestígio, as qualidades do Dr. Holmes, eram disfarce para uma mente a serviço do mal. As boas maneiras escondiam um homem frio, que punha em marcha o mesmo jogo sádico com diferentes vítimas: ele primeiro ganhava a confiança das assistentes, deixando medicamentos potencialmente letais sob seus cuidados; depois as seduzia com charme e sinais de que estaria apaixonado por elas. As vítimas eram mulheres ingênuas, desavisadas, muitas vezes longe de casa, que pensavam viver o idílio enquanto literalmente dormiam com o algoz.
Assim aconteceu com Rosemary: quando ela já estava completamente entregue à paixão, uma nova mulher chega ao castelo – selando o trágico destino da jovem assistente e automaticamente convertendo-se no próximo alvo de Dr. Holmes.
Filho de um alcoólatra violento, Holmes dissecava cadáveres na Universidade de Michigan, onde ingressou no departamento de medicina em 1861 – assim, ele passou a conhecer a anatomia humana. Holmes chegou a roubar cadáveres da universidade para resgates fraudulentos de seguros, no que seria o início de uma trajetória de crimes cada vez mais violentos
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