Data da postagem:04/09/2017
Bravos! é uma série documental da TV Brasil, que conta a história de brasileiros que, apesar das dificuldades, conseguiram transformar seus sonhos em realidade |
Marcada para estrear nesta quinta-feira, dia 7 de setembro, na TV Brasil, a série Bravos! vai ter seus primeiros sete episódios disponibilizados no site da emissora e no Youtube a partir de amanhã, às 21h. É a primeira vez que uma série da emissora vai para a internet antes de estrear na telinha. A nova série vai ao ar na quinta, às 23h, na TV Brasil.
Bravos! é uma série documental da TV Brasil, que conta a história de brasileiros que, apesar das dificuldades, conseguiram transformar seus sonhos em realidade. As gravações foram feitas com seis personagens do Rio de Janeiro, quatro de São Paulo e três de Brasília.
Fotografia, danças urbanas, poesia, boxe e halterofilismo são alguns dos universos apresentados e representados na série documental da TV Brasil.
A série tem 13 episódios de 26 minutos e cada programa conta a história de um personagem. As gravações foram feitas em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Fotografia, danças urbanas, poesia, boxe e halterofilismo são alguns dos universos apresentados e representados na série documental da TV Brasil.
Além de mostrar as dificuldades e as virtudes necessárias para a realização de seus projetos, a série retrata o encontro dos personagens com as artes e o esporte. A cooperação e solidariedade entre as diversas gerações de sonhadores/realizadores das periferias do país também estão presentes nas histórias retratadas em Bravos!
Os personagens retratados na série são: J.P. Black (dançarino), Marcos Lopes (escritor), Thabata Lorena (cantora e compositora), Sócrates (campeão mundial de bodyboard), Fernando Bolacha (pugilista), AF Rodrigues (fotógrafo), Josafá Neves (artista plástico), Zola Star (músico), Carlos Physique (fisiculturista), Luz Ribeiro (poeta), Igor Mello (responsável pela lona cultural Jacob do Bandolim, na Cidade de Deus), Regina Tchelly (chefe de cozinha do projeto Favela Orgânica, sediado no Morro da Babilônia) e Verônica Hipólito (atleta).
Bravos! tem 13 episódios:
1° J.P.Black - Rio de Janeiro
Morador do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, J.P. Black é um dançarino que se realizou dentro da dança e que abriu e abre portas para os jovens em busca de profissionalização. Ele já viajou por vários países representando a cultura da periferia. Foi quatro vezes vencedor do Rio H2K Battles, o maior evento de danças urbanas do país. Mais do que um dançarino reconhecido internacionalmente e professor, ele é também um entusiasta, catalisador da cena e formador de talentos.
2° Marcos Lopes - São Paulo
O simples fato de sobreviver no Parque Santo Antônio em São Paulo, nos anos 1990, já faz de Marcos Lopes um bravo. O bairro em que nasceu e foi criado fazia parte do chamado triângulo da morte junto com o Jardim Ângela e o Capão Redondo. Crescendo nesse ambiente violento, Marcos, também conhecido como Nenê, começou a usar drogas e entrou para o mundo do crime ainda muito cedo. Mas a morte da melhor amiga, a Casa do Zezinho e a literatura ajudaram a transformar a vida desse guerreiro.
3° Thabata Lorena - Brasília
Com sua personalidade única, voz poderosa e letras contundentes, Thabata Lorena mistura o rap a elementos tradicionais para falar sobre temas como representatividade negra e empoderamento feminino. Além de cantora e compositora, a maranhense radicada no Distrito Federal usa também o teatro, a palhaçaria e a arte-educação para convidar quem está à sua volta para transformar a realidade.
4° Sócrates - Rio de Janeiro
Nascido no Morro do Pavãozinho, no Rio de Janeiro, Sócrates Santana foi, aos 16 anos, o primeiro atleta negro que conquistou o título de campeão mundial de bodyboard. Sem patrocínio, ele treina duro e conta com a ajuda de uma rede de amigos para lutar pelo título profissional.
5° Fernando Bolacha - São Paulo
A coragem é uma característica necessária para um pugilista. Mas o que faz do boxeador Fernando “Bolacha” Menoncello um bravo é a batalha que lutou e venceu fora dos ringues: a luta contra as drogas. Nascido em Pirituba, bairro periférico da zona norte de São Paulo, Fernando se envolveu com drogas muito jovem, distanciou-se da família e chegou a morar nas ruas. Uma reportagem de TV, a solidariedade e o boxe resgataram os sonhos desse campeão.
6° AF Rodrigues- Rio de Janeiro
AF Rodrigues é um fotógrafo que nasceu e foi criado no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Com a sensibilidade forjada pela fotografia humanista da Escola de Fotógrafos Populares da Maré, AF busca revelar as belezas escondidas das comunidades e propagar uma nova imagem de territórios marcados pelos estigmas da miséria e da violência.
7° Josafá Neves - Brasília
Integrante de uma família humilde, o artista plástico Josafá Neves começou a desenhar nas calçadas e ruas próximas à casa onde vivia, no Gama (DF). Foi engraxate, garçom, jornaleiro e lavador de carros, enquanto aprimorava seus traços de maneira autodidata. Seus trabalhos já foram apresentados em mostras em oito cidades brasileiras e em bienais em Cuba e na Venezuela.
8° Zola Star - Rio de Janeiro
Nascido no Congo, o cantor e compositor Zola Star deixou a África fugindo da guerra e escolheu o Brasil como segunda pátria. Voz respeitada na crescente colônia congolesa do subúrbio carioca, Zola carrega incansavelmente a bandeira da música africana, enfrentando as dificuldades cotidianas da vida de um imigrante no Brasil.
9° Carlos Physique - Brasília
Durante o expediente como lavador de carros, ele é Carlos Alberto Souza. Já nas competições de fisiculturismo, é conhecido como Carlos Physique. Tricampeão brasiliense em sua modalidade, o atleta vive em Planaltina (DF) e, durante seus treinos diários, sonha em superar as adversidades e construir uma carreira internacional.
10° Luz Ribeiro - São Paulo
Em sua poesia “Deu(s) branco”, Luz Ribeiro apresenta-se como preta, pobre e proletária. Ela estudou em escola pública, onde sofreu com o racismo e a exclusão dos colegas. Para lidar com o preconceito, passou a escrever pequenos textos e versos sobre seu cotidiano, que depois queimava para se sentir melhor. Participou do primeiro sarau de poesia na periferia, na Cooperifa, no final de 2011. A partir daí, Luz virou figurinha carimbada nos saraus de São Paulo e logo resolveu conhecer a prática que conjugava poesia e competição: os slams. Cresceu muito nesse meio e, recentemente, se tornou a primeira mulher a vencer a final do campeonato brasileiro de poesia falada, Slam BR, e a representar o Brasil (maio de 2017), na Copa do Mundo de Slam na França, Slam Nation et Coupe Du Monde.
11° Igor Mello - Rio de Janeiro
Igor Melo é um jovem morador da Cidade de Deus, comunidade que deu origem ao filme de mesmo nome. Seu avô é pedreiro e foi um dos que ajudou a construir as moradias da região. Igor enfrentou muitas dificuldades para poder estudar, mas com apoio de várias ONGs se formou em audiovisual e criou o CDD na tela, TV Comunitária on line, voltada para a Cidade de Deus. Com amigos, se candidatou e ganhou um edital público da prefeitura do Rio de Janeiro, para gerir a Lona cultural Jacob do Bandolim, que fica próximo à sua comunidade. Lá, além de cuidar da programação cultural, criou uma escola popular de cinema para atender a juventude local.
12° Regina Tchelly - Rio de Janeiro
Regina Tchelly é a chef de cozinha e empreendedora social à frente do premiado projeto Favela Orgânica, sediado no Morro da Babilônia, Rio de Janeiro. Natural de Serraria (PB), e ex-empregada doméstica, ela prega uma verdadeira revolução na forma como comemos e lidamos com os alimentos.
13° Verônica Hipólito - São Paulo
Estrela do atletismo nacional, Verônica Hipólito é um caso extremo de superação, dedicação e talento. Em 2008, foi diagnosticada com um tumor no cérebro; em 2013, aos 14 anos, sofreu um AVC; e em 2015, em função de uma síndrome rara, teve que retirar quase todo o intestino grosso. A campeã mundial de atletismo nos 200m e vice-campeã nos 100m afirma que foi sua paixão pelo esporte e seu desejo de vencer que permitiram lidar com tantas dores, dúvidas e dificuldades. Prata nos Jogos Paralímpicos do Rio, Verônica também tem grandes ambições fora das pistas: está estudando marketing esportivo e quer revolucionar a forma como vemos os atletas paralímpicos.
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