HBO estreia o premiado "Uma Garota No Rio: O Preço Do Perdão"

Data da postagem:07/03/2017
HBO estreia o premiado "Uma Garota No Rio: O Preço Do Perdão" (Divulgação)

Ao relatar a dramática história de uma jovem paquistanesa, Uma Garota no Rio: O Preço do Perdão expõe as pressões enfrentadas pelas mulheres no Paquistão diante das interpretações conflitantes dos seus direitos e as questões de “honra” das famílias locais. O documentário estreia no dia 13 de março, às 23h, com exclusividade no canal HBO

Dirigido por Sharmeen Obaid-Chinoy (ganhadora de um Oscar® com “Livrando a Cara”, da HBO), a produção narra o drama de Saba que sobreviveu à tentativa da sua própria família de matá-la pelo crime de “atentado à honra”. No Paquistão, mais de 1.000 mulheres são consideradas culpadas e condenadas à morte todos os anos pelo mesmo motivo. Muitas vezes, seus familiares são pressionados a perdoar e absolver os agressores, o que permite que eles retomem suas vidas na comunidade. 

Na região paquistanesa de Punjab, um rapaz e uma garota se apaixonaram e decidiram se casar. Saba, de 18 anos, e Qaiser, de 21, se conheciam havia quatro anos e o pai de Saba estava ajudando a planejar o casamento. Mas o tio dela foi contra a união, argumentando que Qaiser era de uma classe mais humilde, e proibiu o casamento. Decididos a ficar juntos, eles se casaram em um cartório local. Apenas algumas horas depois, o pai e o tio de Saba a levaram à força da casa da sua nova família, a conduziram até a beira de um rio, bateram e atiraram para matá-la por ter “desonrado” a família. 

Milagrosamente Saba sobreviveu, mas não podia entrar em contato nem com a mãe, nem com as suas irmãs depois do seu “ato de rebeldia”. Com seu pai e seu tio presos à espera de julgamento, ela foi pressionada pela comunidade a perdoar e esquecer o que eles lhe tinham feito, para trazer a paz de volta à comunidade — e tirar o único provedor de sustento da sua família da prisão. Como a lei do Paquistão permite que os parentes próximos de uma mulher perdoem seus assassinos, e como muitas vezes as paquistanesas são assassinadas por parentes, essa “lei do perdão” permite que milhares de criminosos acabem livres da punição. 

O documentário conta como Saba se reencontrou com o marido e a mãe, passou por uma grande cirurgia, enfrentou uma batalha cruel na Justiça em que seu advogado voluntário defensor dos direitos humanos foi afastado, e a sentença final do caso foi pela libertação dos agressores. 




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