NOVA OPERADORA:Dish/Hughes já tem satélite para operar DTH no Brasil, mas ainda não tem plano definido.

Data da postagem:22/03/2017

Discretamente, o bilionário Charlie Ergen, controlador da Hughes, da Echostar e da operadora de DTH Dish, colocou os pés na TV por assinatura brasileira. Ou, pelo menos, passou efetivamente a ocupar a posição orbital brasileira 45W com um poderoso satélite voltado ao mercado de DTH. Na semana passada a empresa lançou o satélite Echostar XXIII pelo foguete Falcon 9, da SpaceX. O lançamento foi perfeito e o satélite já se encontra na órbita correta. Não houve press-release nem maiores destaques para o lançamento, o que é raro para esse tipo de acontecimento.
O fato é que ainda não se sabe o que vai acontecer com o satélite nem com o serviço. Com o lançamento e posicionamento do satélite, a Hughes, que adquiriu a posição orbital em 2011 pagando impressionantes US$ 90 milhões para o governo brasileiro (fora o custo de construção e lançamento), fica adimplente com as obrigações colocadas pela Anatel. A obrigação de colocar o satélite em operação ia até o segundo semestre deste ano.
Não se sabe exatamente as especificações do Echostar XXIII, mas o material oferecido pela SpaceX e pela Echostar relata ser um satélite BSS (que utiliza a faixa de banda Ku para DTH) de grande porte, com 5,5 toneladas fabricado pela Space System Loral (SSL) equipado com quatro refletores reconfiguráveis para uso em outras posições e 15 anos de vida útil. Este noticiário apurou que, ao contrário do previsto originalmente, o satélite ainda dispõe de capacidade em banda Ka e banda S, cujos direitos de exploração também foram adquiridos pelas Hughes no Brasil. Mas, para banda Ku, seria possivelmente o mais poderoso satélite disponível no país, ainda que seu uso ainda seja incerto.
Charlie Ergen tentou entrar no Brasil primeiro negociando, sem sucesso, com a Telefônica, e depois com a GVT, com quem chegou a firmar um memorando de intenções. A parceria não foi adiante por divergências sobre a gestão do negócio. Houve conversas com outras empresas, também sem avanços. Em 2013, a Dish chegou inclusive a colocar um satélite provisório e fazer testes de programação na posição orbital.
Mesmo com as parcerias locais frustradas, Ergen optou, por enquanto, por manter o projeto de ter um satélite para DTH no Brasil. O satélite foi projetado para operar por 15 anos e pode, pela sua tecnologia, ser remanejado para outras posições no futuro, mas isso comprometeria a sua expectativa de vida. Nos EUA, a Dish é a principal concorrente da DirecTV, que no Brasil é controladora da Sky. Especula-se que, na eventualidade de ter que se desfazer da Sky no país (por conta das restrições da Lei do SeAC, que proíbe o controle cruzado de programação e distribuição), a AT&T, atual controladora da DirecTV, poderia negociar com Ergen. Contudo, não há indícios de que esta conversa esteja ocorrendo.
Banda Ka
Além do satélite para DTH, o grupo de Charlie Ergen é ainda controlador da HughesNet, operação de banda larga via satélite em banda Ka. A operação da HughesNet, curiosamente, não usa satélites da Echostar, optando por contratar no mercado (Eutelsat) a sua capacidade atual. Na semana passada, a empresa informou já ter 40 mil clientes de banda Ka no Brasil e segue firme com seus planos de expandir esse mercado.
Por:Samuel Possebon

Fonte:http://convergecom.com.br/teletime/21/03/2017/dishhughes-ja-tem-satelite-para-operar-dth-no-brasil-mas-ainda-nao-tem-plano-definido/?noticiario=TL

Post a Comment

Deixe seu comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem