Data da postagem:28/03/2017
Reunião de clubes na sede da CBF (LUCAS FIGUEIREDO/CBF) |
A Globo investe mais de R$ 1,5 bilhão na Série A do Campeonato Brasileiro. A maior parte dessa cifra ainda está concentrada na TV aberta. A briga entre ela e o Esporte Interativo alavancou os valores na fechada e o próximo horizonte será o pay-per-view, que gera crítica de parte dos cartolas por causa dos critérios estabelecidos para o seu rateio e também da fatia que fica com a emissora carioca: 62% contra apenas 38% dos clubes. Outros itens passam praticamente despercebidos nos contratos televisivos.
O percentual pago pela Globo na plataforma Internet não corresponde nem a 5% do total arrecadado pelos times nos acordos. A mesma situação se repete com a negociação do campeonato no exterior e também na telefonia móvel.
O ESPN.com.br, por Marcus Alves, fonte desta matéria, teve acesso a tabela que destrincha cada item do contrato (veja abaixo).
A receita de TV do Coritiba esmiuçada entre seus diversos itens (Reprodução) |
O exemplo, no caso, mostra os números do Coritiba em 2015. As cifras mudaram a partir da entrada em vigência de novo acordo com duração entre 2016 e 2018, porém, somente serão apresentados em seu portal de transparência após envio a seus conselheiros para votação de prestação de contas. Em linhas gerais, o total saltou de R$ 35 milhões para mais de R$ 50 milhões. De qualquer forma, eles ilustram a divisão dos valores.
Uma das maiores reclamações dos clubes gira ao redor da penetração reduzida da Série A no exterior. Diversas medidas foram tomadas, caso da mudança do nome do campeonato fora do país de Brasileirão para Brazilian League por causa da dificuldade na pronúncia da primeira. Ainda assim, o Coxa recebeu apenas R$ 816 mil com a sua venda em 2015.
Uma comissão de clubes foi montada neste ano para mudar esse panorama. Flamengo, Santos, Atlético/PR e Palmeiras fazem parte dela.
A briga entre Globo e Esporte Interativo também estimulou outras novidades, como a possibilidade de parte dos clubes usarem o replay de seus lances na internet e também de negociarem por conta própria a venda das placas de publicidade estáticas. Elas entrarão em vigor a partir de 2019.
Com um movimento cada vez maior de recuo na TV aberta, deve demorar um pouco para que esses produtos despertem a atenção dos clubes após comprometerem a maior deles até 2024.
Fonte:http://www.esporteemidia.com/2017/03/acordos-com-globo-e-esporte-interativo.html
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