Data da postagem:12/01/2017
No alto de seus 86 anos de idade, Silvio Santos continua palpitando e interferindo diretamente na programação e conteúdo do SBT.
Desde sua fundação, em 1981, Silvio Santos sempre foi conhecido colocar e tirar programas seu bel-prazer, bem como anunciar estreias em da hora, promover cortes, picotar novelas e coisas do gênero.
De lá pra cá, em mais de 35 anos, Silvio Santos também acertou. Afinal, não foram poucos os tiros. Mas, como programador de TV, quase sempre jogou contra o patrimônio.
Naquela época, quem tocava o artístico era Eduardo Lafon, falecido em setembro de 2000, vítima de câncer. Lafon teve responsabilidade direta por grandes audiências conquistadas pelo SBT naquele período, com uma grade de programação diversificada e pontual.
Foi ele, por exemplo, que sugeriu a Silvio Santos, para que não desgastasse o "Show do Milhão", fizesse quatro temporadas de 22 programas diários durante o ano. O Homem do Baú, vendo a audiência de seu game disparar, fixou na grade, e foi impossível estancar a queda.
Na "Abravanelândia", seu grande parque de diversões, o SBT, ele vem lidando com tarefas bastante específicas.
Encasquetou que queria um programa de celebridades no período vespertino para fisgar a audiência do "Vídeo Show" e o "Balanço Geral", que faz a "Hora da Venenosa" no horário. Atração formatada por ele com o título de "Fofocando".
Contratou um time de peso (literalmente), e apesar de serem bons profissionais, claramente não é o tipo de produto que o telespectador do SBT quer consumir.
Silvio Santos não se dá bem por vencido, e tenta fazer com que sua criação emplaque aos trancos e barrancos. Mudou horário, colocou reprise, tirou reprise, mudou horário de novo. Reduziu. Aumentou. Contratou. Nada deu certo.
Seu xodó, Dudu Camargo, lançado como Homem do Saco, começou a dar expediente no "Primeiro Impacto" em outubro do ano passado, e apesar do "boom", nunca emplacou. Pelo contrário. E para piorar, Silvio quer porque quer enfiá-lo goela abaixo do telespectador. E a rejeição por ele, só aumenta.
A última das peripécias de Silvio, é que ele mobilizou toda uma equipe para estrear um jornal na quarta-feira (11) e depois cancelou, sem mais nem menos. Todo mundo correu à toa. E o pior: mexer numa faixa horária que está crescendo com o "Clube do Chaves".
O dono do SBT mexe em time que está ganhando. É histórico. Caso contrário, não existiria o termo "grade voadora", bastante utilizado principalmente em meados da década passada.
Claro, o SBT é de Senor Abravanel e sempre será dele a última palavra no seu "laboratório". Mas é inegável dizer que suas ações diretas na programação mais atrapalham do que ajudam.
Fonte:Coluna Enfoque NT Por Thiago Forato
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