Data da postagem:20/01/2017
A Hispasat apresentou nesta semana em sua sede de Madri seu novo satélite Hispasat 36W-1 (H36W-1), que será colocado em órbita no próximo dia 27 de janeiro por meio de um veículo Soyuz nas instalações do Porto Espacial Europeu em Kourou (Guiana Francesa).
O ato contou com a participação de Elena Pisonero, presidenta da empresa, Juan Carlos Cortés, diretor de Programas Internacionais do CDTI (Centro para o Desenvolvimento Tecnológico Industrial) e Xavier Lobao, chefe de divisão de Futuros Projetos de Telecomunicações da Agência Espacial Europeia (ESA).
O Hispasat 36W-1, que já se encontra em Kourou, embarca 20 transponders em banda Ku e capacidade adicional de até 3 transponders em banda Ka sobre a Península Ibérica e as Ilhas Canárias.
Inaugurará a posição orbital 36º Oeste, contribuindo para a frota da Hispasat com novas coberturas otimizadas na América do Sul, Europa e Ilhas Canárias. Trata-se, ademais, do primeiro satélite construído sobre a plataforma SmallGEO, que foi desenvolvido de forma conjunta pela ESA e pelo fabricante alemão OHB System AG.
O design desta plataforma permite uma substancial redução em massa do satélite graças ao uso de propulsão elétrica durante toda sua vida útil, com uma consequente economia nos custos de lançamento e mantendo os mais exigentes requisitos para serviços de telecomunicações. Ademais, o Hispasat 36W-1 conta com a inovadora carga útil regenerativa RedSAT, constituída por um processador e uma antena ativa de eixos reconfiguráveis.
Um impulso à flexibilidade em órbita
Ambos os elementos se combinam para oferecer uma flexibilidade de serviço maior para a HISPASAT. Por um lado, o processador volta a gerar o sinal recebido para transmiti-lo à Terra limpo de ruídos e erros, visto que a qualidade do sinal que chega aos clientes é muito maior que a obtida por meio de satélites tradicionais. Ademais, parte do processado que costuma ser realizado na Terra poderá ser feito a bordo do Hispasat 36W-1, o que simplifica consideravelmente a arquitetura da rede, permitindo otimizar os terminais de usuário em tamanho e potência e simplificar conexões que requeiram um salto duplo de satélite, conseguindo uma diminuição da latência e uma economia no segmento espacial. O processado a bordo pressupõe, portanto, um passo a mais na evolução das comunicações por satélite.
Por sua parte, a antena DRA-ELSA (Direct Radiating Array - Electronically Steerable Antenna) embarcada no satélite permite reorientar os eixos de recepção, cuja posição é controlada eletronicamente da Terra e pode ser mudada a qualquer momento, de modo que o satélite possa se adaptar a novas necessidades dos clientes ao longo de toda a sua vida útil. Em definitivo, o uso de uma carga útil inovadora como a RedSAT melhora a qualidade dos serviços prestados aos clientes da Hispasat e permitirá uma maior adaptação às mudanças no mercado.
Nas palavras da presidenta da HISPASAT, Elena Pisonero: “Com o desenvolvimento deste novo satélite, a HISPASAT se situa no topo das iniciativas para a exploração de cargas úteis de comunicações inovadoras, com as quais será possível oferecer serviços de comunicações de destaque. Daremos suporte aos nossos clientes no âmbito de banda larga mais eficientes graças à capacidade em banda KA que o satélite leva embarcada".
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