Data da postagem:26/01/2017
Funcionários cruzam os braços na frente da TV Mirante |
A TV Mirante Imperatriz, afiliada da Globo na cidade de Imperatriz, a segunda maior do Maranhão - perde apenas para a capital São Luís - está em greve desde a última terça-feira (24) por tempo indeterminado.
Segundo o Sindicato dos Jornalistas e Radialistas de Imperatriz, em comunicado, toda a programação local que era gerada da cidade está suspensa, e somente o sinal que vem de São Luís é exibido. No primeiro dia, 50% dos 96 funcionários da TV cruzaram os braços.
Desde esta quinta (26), apenas 30% do efetivo da emissora, o suficiente para se manter o ar, está trabalhando. O movimento grevista reclama que o congelamento dos salários em 2015, o reajuste abaixo da inflação em 2016 e o corte do vale-alimentação na semana passada foram os motivos para a situação extrema.
O Grupo Mirante diz que negocia para a volta ao trabalho o mais rápido possível, e que está aberta ao diálogo. O Sindicato argumenta que todo o grupo passa por uma situação difícil, decorrente da mudança política no Maranhão.
Desde 2015, o estado é governado por Flávio Dino, o primeiro não ligado aos Sarney depois de 31 anos. Com isso, ele deixou de investir com recursos de publicidade em demasia na TV Mirante, como era feito.
Estes recursos, no entanto, então fazendo falta, e impedem a Mirante de fechar no azul. Para a próxima segunda-feira (30), está previsto uma nova assembleia para definir o futuro do movimento.
Afiliadas da Globo entrarem em greve é bastante raro. A última também foi no Nordeste. Em 2011, funcionários da TV Sergipe, afiliada da emissora carioca no estado, pararam as atividades em protesto contra o então diretor-presidente da emissora, Paulo Siqueira, por conta de demissões e acusações de assédio moral.
Veja o comunicado da greve na afiliada da Globo no Maranhão:
"Os funcionários do GRUPO MIRANTE de Imperatriz, estão com o vale alimentação cortado, sem nenhuma explicação por parte da empresa, por isso, os trabalhadores deflagraram greve geral.
Não podemos permitir que o trabalhador seja massacrado com a perda de benefícios adquiridos com luta e profissionalismo.
Em 2015, os trabalhadores do GRUPO MIRANTE, ficaram com os salários congelados.
Em 2016, o reajuste salarial foi abaixo da inflação. Agora em 2017, os funcionários foram surpreendidos com o corte do Vale Alimentação.
O Sindicato dos Jornalistas e Radialistas de Imperatriz não pode admitir tais injustiças contra os profissionais da imprensa que tanto denunciam as mazelas da Sociedade".
Fonte:Na Telinha por Gabriel Vaquer
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