A AT&T confirmou no sábado à noite um acordo para comprar a Time Warner por US$ 84,5 bilhões. Além disso, prevê que a AT&T absorva a dívida do grupo, o que elevaria o valor do negócio para US$ 108,7 bilhões.
O problema é que a tão festejada Lei 12.485/2011, que atualizou a regulamentação de parte das comunicações no Brasil, impede a propriedade cruzada de empresas de distribuição (operadoras de TV paga e telefônicas) com as de programação (canais pagos) e de radiodifusão (TV aberta). É o que informa o jornalista Daniel Castro.
A Time Warner é dona dos estúdios de cinema Warner Bros. e de duas importantes programadoras de TV por assinatura, a HBO e a Turner _dos canais TNT, Cartoon Network, CNN, Space e Esporte Interativo, entre outros.
Devido à limitação legal, a AT&T não poderá ser dona no Brasil da Sky e da HBO e dos canais da Turner. Terá que abrir mão de um dos segmentos. Para sorte dos quase 20 milhões de TV paga no país, o mais provável é que venda o braço latino-americano da DirecTV, que inclui a Sky. Se optar por se desfazer das programadoras, o conteúdo dos canais HBO e Turner será todo reconfigurado, absorvido por outros canais já existentes ou criados especificamente para isso. O transtorno será enorme.
Apesar do impasse, a operação alcança “a perfeita combinação de duas companhias com capacidades complementares, que podem oferecer uma nova visão sobre como os meios e a indústria das comunicações trabalham para os clientes, criadores de conteúdos, distribuidores e publicidade”, disse o presidente-executivo da AT&T, Randall Stephenson, em comunicado a investidores.
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