Há 20 anos, em 1996, a revista Veja dizia que os animes eram o melhor investimento na década para os licenciadores e distribuidoras, por causa do auge de "Os Cavaleiros do Zodíaco", na Manchete, e de "Street Fighter II Victory", no SBT.
Só naquele ano, mais de 35 títulos vindos do Japão foram lançados no mercado de vídeo. Na televisão brasileira, o auge veio em 2000. Nas TVs abertas, Globo, Record e Band exibiam 12 títulos simultaneamente.
Já na TV paga, contabilizando todos os canais infantis ou não, foram 21 produtos, no ar pelo Cartoon Network, Fox Kids e no principal representante do gênero na época, o Locomotion - que posteriormente virou o Animax, em 2005. No total, foram 33 produções apenas no Brasil.
Em 2000, a TV fez fenômenos como "Digimon" e o eterno "Pokémon", produzido até hoje, e apresentou outros títulos simpáticos como "Samurai X" e "Sakura Cards Captors".
Em 2000, a TV fez fenômenos como "Digimon" e o eterno "Pokémon", produzido até hoje, e apresentou outros títulos simpáticos como "Samurai X" e "Sakura Cards Captors".
Só para se ter uma ideia de quanto os animes eram importantes, "Digimon" é até agora o desenho animado mais caro da história da TV brasileira. Para deter o fenômeno "Pokémon", à época campeão de audiência na Record, a Globo pagou 800 mil reais pela animação, um absurdo até os dias de hoje.
Mas 16 anos depois, atualmente, apenas cinco animes têm exibição regular, e nenhum deles em televisão aberta - muito pelo esvaziamento da programação infantil.
Hoje, a maior exibidora de animes do Brasil é a PlayTV, com três títulos: os populares "Naruto", "Bleach" e "Yu-Gi-Oh!". Os outros dois são mostrados pelo Tooncast, canais de desenhos clássicos do Cartoon Network - "Dragon Ball" e "Pokémon". A depender do mês, são sete produções vindas do Japão, já que o Cartoon detém as últimas temporadas de "Digimon" e "Pokémon", mas nenhuma delas está no ar atualmente.
Mas o que explica essa queda absurda de 88,4%? O NaTelinha acredita que são três motivos:
Violência e politicamente correto
Mas 16 anos depois, atualmente, apenas cinco animes têm exibição regular, e nenhum deles em televisão aberta - muito pelo esvaziamento da programação infantil.
Hoje, a maior exibidora de animes do Brasil é a PlayTV, com três títulos: os populares "Naruto", "Bleach" e "Yu-Gi-Oh!". Os outros dois são mostrados pelo Tooncast, canais de desenhos clássicos do Cartoon Network - "Dragon Ball" e "Pokémon". A depender do mês, são sete produções vindas do Japão, já que o Cartoon detém as últimas temporadas de "Digimon" e "Pokémon", mas nenhuma delas está no ar atualmente.
Mas o que explica essa queda absurda de 88,4%? O NaTelinha acredita que são três motivos:
Violência e politicamente correto
Em todo o mundo, os desenhos japoneses são conhecidos pelas cenas mais violentas e também pelo humor irreverente mas sem pudor com piadas escatológicas.
Isso sempre traz problemas com censuras e cortes de cenas. "Pokémon", por exemplo, em sua primeira temporada, sofreu bastante com tesouradas em sequências e até em episódios completos aplicadas pela 4Kids, produtora americana que adaptou o anime para o mercado ocidental.
Lógico, os fãs chiam bastante, ainda porque a grande maioria das piadas e das cenas tem um propósito, não são gratuitas ou apelativas apenas para chamar a atenção.
O sangue, as lutas e tudo mais acaba sendo cortado. Um exemplo de TV aberta foi "One Piece", exibido pelo SBT em 2007 no "Bom Dia & Cia". Mesmo dando Ibope, a dublagem e os cortes revoltaram.
Custo alto para trazer ao Brasil
Para se trazer um anime ao Brasil, a grande maioria das distribuidoras negociam com as produtoras japonesas, como a tradicional Toei Company.
Hoje, nenhuma das três principais produtoras de animes do Japão tem escritório no Brasil, e para trazer o desenho precisa-se atravessar o mundo para tentar comprar os direitos.
Além dos valores das passagens não serem baixos, os direitos também são caros. Os japoneses são conhecidos por serem implacáveis nas negociações, e que cobram muito caro por cada episódio - já na época do auge, era uma reclamação.
As negociações acontecem em dólar, e numa época de crise e a moeda alta, trazer um anime do Japão exige planejamento de marketing e licenciamento, de divulgação e, acima de tudo, um exibidor forte para não se tornar um grande prejuízo.
Esvaziamento do próprio anime no ocidente
Custo alto para trazer ao Brasil
Para se trazer um anime ao Brasil, a grande maioria das distribuidoras negociam com as produtoras japonesas, como a tradicional Toei Company.
Hoje, nenhuma das três principais produtoras de animes do Japão tem escritório no Brasil, e para trazer o desenho precisa-se atravessar o mundo para tentar comprar os direitos.
Além dos valores das passagens não serem baixos, os direitos também são caros. Os japoneses são conhecidos por serem implacáveis nas negociações, e que cobram muito caro por cada episódio - já na época do auge, era uma reclamação.
As negociações acontecem em dólar, e numa época de crise e a moeda alta, trazer um anime do Japão exige planejamento de marketing e licenciamento, de divulgação e, acima de tudo, um exibidor forte para não se tornar um grande prejuízo.
Esvaziamento do próprio anime no ocidente
Qual foi o último anime famoso que você se recorda de ver recentemente, de 2010 para cá? Pois é... Nenhum.
Como o mercado teve uma saturação mundial entre o fim dos anos 90 e início de 2000, os próprios produtores não acompanharam esta demanda.
Repetição de temas para faturar em detrimento à história também foram notórios. Clones de "Pokémon", "Naruto", entre outros produtos de sucesso nos anos 2000 inundaram a TV japonesa.
Como o mercado teve uma saturação mundial entre o fim dos anos 90 e início de 2000, os próprios produtores não acompanharam esta demanda.
Repetição de temas para faturar em detrimento à história também foram notórios. Clones de "Pokémon", "Naruto", entre outros produtos de sucesso nos anos 2000 inundaram a TV japonesa.
Hoje, os grandes sucessos do Japão são remakes de "Dragon Ball", além dos clássicos "Doraemon" e "Sazae-San", animes mais conhecidos internamente.
O formato de animação japonesa ficou tão exposto, exibido à exaustão, que hoje além da questão financeira que não tem retorno, a qualidade do que se é produzido caiu bastante.
O formato de animação japonesa ficou tão exposto, exibido à exaustão, que hoje além da questão financeira que não tem retorno, a qualidade do que se é produzido caiu bastante.
Fonte:Na Telinha
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