Executivos da Band afirmam não pretender fazer cortes nas equipes esportivas (narradores, comentaristas, etc.) após o anúncio, nesta terça-feira (3), de que o canal não exibirá o Campeonato Brasileiro junto com a Globo. As informações são da Folha de S. Paulo, por Ligia Mesquita.
A emissora, assim como outras, tem perdido faturamento. Até abril, a queda foi de 15%. Sem cotas de publicidade suficientes para cobrir os custos do Brasileiro, a Band preferiu pular fora. Aos anunciantes que já haviam fechado com o canal está sendo oferecida a migração para outros programas, como o 'X-Factor'.
Na parceria do Brasileiro, a Globo arcava com cerca de 90%, e a Band, com o restante pelos direitos de transmissão.
E no alto escalão da Band, o comentário era que só um grupo gigante como a Time Warner, dono da Turner, dos canais Esporte Interativo, poderá continuar arcando com os valores “abusivos” do futebol, com a crise econômica no Brasil.
A emissora, aliás, ainda tem alguns dias para decidir o que colocará na grade nas noites de quarta no lugar dos jogos do Campeonato Brasileiro. Em maio, já estava programada a exibição de filmes nesse horário, por causa da Copa do Brasil.
Na contramão do publicado pela Folha de S. Paulo, o R7, por Keila Jimenez, diz que os profissionais do esporte da Band já estão apreensivos. Passada a Olimpíada, o futuro do jornalismo esportivo do canal seria incerto. A mesma fonte ainda entende que a Globo não deve achar uma outra parceira de transmissão na TV aberta tão rápido. Os custos operacionais são grandes e a rede que divide os jogos tem de exibir as mesmas partidas da Globo. Em época de crise de anunciantes, a conta não fecha. Não há patrocinadores suficientes para o mesmo jogo em dois canais abertos. E para a Globo, a transmissão sozinha não é um bom negócio pois pesa mais nos cofres e ainda dá margem para acusações de monopólio.
Também o Estadão, por Cristina Padiglione, fala em possíveis demissões. De acordo com a fonte, apesar da proximidade com a Olimpíada, cortes na área esportiva da Band já são esperados, em razão desta decisão de abrir mão do Brasileirão. A jornalista também diz que a Globo ainda não se pronunciou sobre a procura de uma nova parceria para o negócio. A Record, que já ocupou esse posto no passado, é carta fora do baralho. A busca por um segundo canal aberto seria relevante para a Globo, ainda em conformidade com o Estadão, até para evitar a acusação de monopólio nas transmissões de um evento desse porte.
Já o jornal Agora, por Fefito, publicou que as atrações esportivas da Band, como o 'Terceiro Tempo', no entanto, seguem mantidas na programação.
Fonte:http://www.esporteemidia.com/2016/05/mesmo-sem-o-brasileirao-band-nega.html
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