Às vésperas do início do Campeonato Brasileiro Série A, uma decisão pegou o mercado televisivo de surpresa: a Band anunciou que não mais transmitiria as partidas de futebol, encerrando a parceria de dez anos que mantinha com a Globo. Em dificuldade financeira, a emissora paulista abriu mão de um produto que alavancava sua audiência dominical, mas que, para o fã de Indy, tratava-se de um fardo. A maior parte das corridas coincidia com o horário dos jogos vespertinos, o que levava o automobilismo para o BandSports e a TV fechada – ou, como último recurso, a um link corsário na internet.
Houve quem duvidasse, no entanto, se a Indy não teria o mesmo destino do Brasileirão. Só que a Band renovou o acordo com a categoria norte-americana até 2019 — e não é o melhor momento para quebrar contrato diante de tudo que já aconteceu com a ausência da etapa brasileira no calendário do campeonato.
Segundo o Grande Prêmio, por Victor Martins, com o novo cenário, a direção da TV dos Saad vai valorizar a Indy a partir de agora. "É o que eles querem fazer", disse Willy Hermann, da Image, empresa que detém os direitos da categoria no Brasil. Seu companheiro de trabalho há longa data, Carlo Gancia, corroborou. "Quanto a isso, estamos felizes. A Indy e a Band são parceiras há muito tempo", destacou ao GP.
Para começar esta 'nova fase', nada melhor que a prova mais importante do calendário e da história, a edição #100 da Indy 500, certo? Em partes. Porque a Band, diferente dos últimos anos, não foi com equipe completa ao Speedway.
Téo José, a voz da Indy nas últimas décadas no Brasil, vai fazer a corrida dos estúdios da emissora no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo. Tem, claro, muito do cofre vazio nesta questão. "O Brasil não está numa situação boa. A Globo perdeu 30% do faturamento no último ano; a Bandeirantes, também. O mercado publicitário sumiu, e todo mundo teve de enxugar e despedir", alegou Gancia. "Todos têm de maneirar. E se você é parceiro na mesa cheia, na champanhe, na farra e com DJ, tudo é fácil; quero ver é ser parceiro quando tiver um sanduichezinho, quando a champanhe é Guaraná."
Mas não é só isso. A fonte soube que ficou decidido que Téo tem de narrar a final da Liga dos Campeões da UEFA, entre Atlético de Madrid e Real Madrid no sábado. O comentarista Felipe Giaffone e o repórter Bruno Monteiro vão acompanhar a prova 'in loco'.
Seja como for, não há o temor para o telespectador de que a corrida se estenda muito e seja cortada para que entrem no ar as partidas da terceira rodada do Brasileirão. Então haverá uma cobertura especial com um pré-corrida extenso? Não. Indy 500 na Band, com a pole de James Hinchcliffe, com Helio Castroneves largando em nono e Tony Kanaan, em 18º, só a partir de 12h50 (horário de Brasília), por enquanto.
Fonte: Esporte e Mídia
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