O pontapé inicial para a organização da Liga Nacional a partir de 2017, proposta pela Primeira Liga em um documento com dez reivindicações, deverá ser dado a partir da próxima semana. Os 40 clubes das Séries A e B estarão na sede da CBF, no Rio de Janeiro, para a realização dos congressos técnicos de seus campeonatos e se movimentam para avançar no assunto.
Existe a articulação ainda incipiente para um encontro com representantes para discutir o novo modelo.
Os dirigentes têm passagem prevista pelo Rio entre quarta e quinta-feira que vem.
Havia anteriormente a ideia inicial de se expandir a Primeira Liga de cinco para 19 datas no primeiro semestre de 2017, mas, após os episódios recentes envolvendo a CBF, o seu enfraquecimento e a intransigência de suas filiadas, foi acelerado o processo para que os times assumam o comando do Brasileiro.
A princípio, a CBF não se nega a discutir a possibilidade, mas quer debatê-la dentro de seu comitê de reformas.
Os cartolas adotam a cautela em relação a isso, sobretudo, por causa do fracasso na experiência anterior com a Comissão Nacional de Clubes, também lançada pela CBF e que não evoluiu. O Atlético-MG chegou a propor na ocasião, a partir de estudo, um modelo de arbitragem independente e não teve qualquer retorno, por exemplo.
Um dos empecilhos para que a proposta seja colocada em prática a partir da próxima temporadas são os acordos televisivos - os paulistas, por exemplo, assinaram recentemente com a Globo até 2021. Os demais se encontram com contratos em aberto a partir do ano que vem.
Os representantes de São Paulo seguem, ainda assim, na mira da Primeira Liga, conforme revelou o seu presidente Gilvan de Pinho Tavares.
A entidade é hoje formada por 15 clubes: Grêmio, Internacional, Figueirense, Avaí, Criciúma, Joinville, Chapecoense, Cruzeiro, Atlético/MG, América/MG, Flamengo, Fluminense, Coritiba, Atlético/PR e Paraná.
Ao longo dos últimos meses, outras equipes sinalizaram interesse.
O Goiás encaminhou ofício para a sua entrada; Ponte Preta e Botafogo entraram em contato; o Bahia se colocou à disposição para integrá-la, mesmo descartando abandonar, no momento, o Nordestão; e um bloco de equipes da Série B formado por Paysandu, Atlético/GO e outros solicitou entrada através da liderança de Marcus Salum, do América/MG.
As novas adesões foram brecadas, inicialmente, pelas conversas em torno de sua primeira edição.
Ainda se encontra em andamento a organização de uma associação paralela sugerida pelo presidente do Santos, Modesto Roma Jr., durante o debate sobre contratos de TV e que já conta, inclusive, com o seu estatuto elaborado por Marcelo Sant'Ana, do Bahia. Ela abrangeria os 40 clubes das Séries A e B.
Fonte:http://www.esporteemidia.com/2016/03/direitos-de-tv-pode-ser-empecilho-para.html
Postar um comentário
Deixe seu comentário