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Tela de televisor de Ultra HD: TVs de altíssima resolução serão as mais vendidas no varejo
A nova geração de televisores que acaba de chegar às lojas traz como principal atrativo uma imagem quatro vezes superior à da maioria dos modelos de tela plana lançados nos últimos anos. Ver filmes, séries e vídeos da internet (ou do celular) também se tornou uma tarefa mais simples e mais rápida. Isso porque os televisores das linhas 2015/2016 combinam plataformas mais modernas e intuitivas de TV conectada à internet, que seguem o mesmo padrão dos celulares, e processadores mais eficientes, que permitem executar mais de uma operação ao mesmo tempo. Para ter acesso a tudo isso, no entanto, o consumidor terá que investir pelo menos R$ 2.300.
O formato da tela também já não é único. Em 2015, as telas curvas caíram de preço e surgiram como uma opção interessante para quem quer aumentar o campo de visão e a sensação de profundidade. Nesse caso, o custo de uma TV de 48 polegadas de altíssima resolução (4K ou Ultra HD) salta para R$ 3.000.
Uma rápida visita ao varejo on-line mostra que praticamente metade das TVs à venda já é Ultra HD. Capazes de exibir quatro vezes mais pixels do que as TVs Full HD, as TVs de altíssima resolução levam vantagem na nitidez, detalhamento e profundidade da imagem. A qualidade é tão boa que permite ao telespectador chegar bem perto da tela sem notar os pontos de formação da imagem, tornando possível o sonho de ter uma tela de 48 ou 50 polegadas até mesmo em uma sala pequena.
Mas para aproveitar ao máximo essa tecnologia, é indispensável que o telespectador assista a conteúdos originalmente gravados em 4K, ou seja, que estejam disponíveis em resolução de 3.840 por 2.160 pixels. A boa notícia é que a oferta desse tipo de conteúdo vem aumentando, principalmente no Netflix. Séries de sucesso, como Narcos, Jessica Jones, Sense8, Marco Polo e House of Cards, por exemplo, estão disponíveis em Ultra HD. A Globo já tem dois programas em 4K disponíveis em seu aplicativo Globo Play: a série Dupla Identidade (2014) e a minissérie Ligações Perigosas (2016).
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Novas aparelhos de televisão Ultra HD Premium: mais cores, profundidade e contraste
A guerra das plataformas
A guerra travada entre os sistemas operacionais dos celulares foi transferida para as TVs. Desde o ano passado, os principais fabricantes passaram a apostar em processadores mais poderosos (como nos computadores) e novas plataformas de TV conectada, que proporcionam mais rapidez e facilidade na hora de acessar qualquer tipo de conteúdo, seja de TV, internet ou celular.
Bems intuitivos, os sistemas webOS, da LG, que chega à terceira versão em 2016, e Tizen, da Samsung, permitem navegar pelos aplicativos da web sem deixar de ver a novela, que continua sendo exibida simultaneamente na tela. E dá até para alternar entre a exibição de um programa de TV e um vídeo no YouTube como se você estivesse trocando de canal.
Aposta da Sony e da Philips, a TV Android, por exemplo, pegou carona na familiaridade dos consumidores com o conhecido sistema do Google para celulares e tablets. Agrega ainda as principais funções do Chromecast (pen-drive que conecta qualquer TV à internet), incluindo a possibilidade de ver vídeos e fotos do celular na tela grande com um único clique. Esse recurso, chamado de “espelhamento de tela”, é explorado por várias marcas. O contrário também é possível: transferir o sinal da TV para o smartphone e continuar assistindo o conteúdo em outro local.
Da internet veio ainda o sistema Firefox, que é utilizado na linha 2015 de TVs conectadas da Panasonic. Entre as inovações, está a possibilidade de configurar o menu de acordo com as preferências de cada usuário. Já a plataforma Opera, da Semp Toshiba, tem como ponto positivo a simplicidade de uso.
Nessa nova geração de web TVs, oferecer uma boa oferta de games também se tornou fundamental. E você nem vai precisar de um console para se divertir. Estão disponíveis desde joguinhos grátis até títulos pagos, que podem ser adquiridos individualmente ou através de serviços de streaming, populares para filmes e séries.
As TVs Samsung com plataforma Tizen, por exemplo, oferecem assinatura de games por R$ 21,90 mensais. No pacote, estão 25 títulos. Dependendo do jogo, o joystick pode ser o celular ou o próprio controle que você usa no seu videogame.
O que vem por aí?
Em janeiro, a maior feira de eletroeletrônicos do mundo, realizada em Las Vegas, nos EUA, antecipou as principais novidades e tendências na área de TVs para este ano. Desta vez, o produto que mais chamou a atenção foi a tela dobrável da LG. Com 18 polegadas e resolução Full HD, pode ser dobrada e amassada, mas não tem previsão de lançamento.
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A Panasonic traz para o mercado uma TV que tem uma tela transparente de vidro
Mas existem as novidades que, de fato, irão equipar a linha 2016 dos principais fabricantes. São produtos que devem chegar às lojas do Brasil entre maio e outubro. É o caso das TVs Ultra HD Premium, que seguem o padrão HDR (High Dynamic Range) para o processamento de vídeo. Com isso, o consumidor verá imagens de altíssima resolução com maior profundidade, contraste e gradação de cores, chegando ainda mais perto da realidade.
Enquanto as principais marcas continuam fechadas com as TVs de LED, a LG apresentou em Las Vegas uma nova linha de sofisticados televisores OLED de 65 a 77 polegadas. Essa tecnologia, que já está disponível por aqui, é capaz de exibir cores mais intensas e reais, reproduzindo as variações de preto com maior fidelidade. São ainda mais leves, finas (os novos modelos têm 2,57 mílimetros de espessura e vidro translúcido na parte de trás) e consomem menos energia do que as TVs de LED.
Quanto à conectividade, duas novidades chamam a atenção nas TVs Samsung. A primeira é o controle remoto da linha 2016, que reconhece e consegue controlar sozinho vários aparelhos da sala conectados ao televisor. Na lista, podem estar o decoder de TV por assinatura, videogame e home theater.
Seguindo o mesmo conceito, todos os novos televisores mostrados pelo fabricante em Las Vegas podem se conectar e comandar mais de 200 dispositivos com acesso à internet, de eletrônicos a eletrodomésticos. Com isso, a TV passará a centralizar todas as operações da casa conectada, das luzes à geladeira, incluindo o ar condicionado.
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