Brasileirão não para mesmo com a Olimpíada em jogo.


Em se tratando de Brasil, ainda mais nas coisas ligadas ao futebol - com a CBF tomando conta dele -, não há mais nada que possa surpreender ninguém.
As maiores aberrações podem ser esperadas e assimiladas com naturalidade, porque não tem outro jeito. A penúltima que se tem notícia é que o campeonato brasileiro, em suas diversas séries, com início em maio e encerramento entre novembro e dezembro, não será paralisado durante a Olimpíada.
Como é que a Globo, que paga boa parte da conta e terá a obrigação de transmitir as duas competições, permite uma coisa dessas?
Curioso é que desde que qualquer um de nós se entende por gente, ouve-se falar na falta de um calendário compatível no futebol brasileiro. Falam, discutem e, como também existem interesses em jogo, nunca se chegou a nada melhor do que temos aí.
Agora, verifica-se, em matéria de estupidez, os dirigentes esportivos são corajosos em se superar. Promover uma coincidência dessas, mesmo sendo uma sandice bem típica deles, demonstra que sempre conseguem nos surpreender.

Ressalva
O futebol na Europa também não vai parar, mas lá os clubes estarão em pré-temporada ou começando campeonatos. Bem diferente daqui.

E nenhum daqueles países, diferentemente do nosso, irá sediar uma Olimpíada.

Cumprir tabela
A cobertura da Olimpíada na Bandeirantes caminha para ser uma das mais modestas de todos os tempos.
Já há decisão que boa parte da competição será transmitida e comentada dos estúdios do Morumbi. Não haverá o trabalho de mandar a maioria dos profissionais para o Rio de Janeiro.
Outro lado
Em relação a esse noticiário sobre Olimpíada, a Band, por meio de comunicado, informa que já realizou inúmeras reuniões de planejamento e está com seus espaços reservados no Centro Internacional de Transmissão (IBC) no Rio.
Promete fazer uso de tecnologia de ponta - que inclui câmeras com recursos excepcionais - e movimentar todos os veículos do Grupo durante o evento.  "O nosso objetivo é produzir um grande espetáculo de imagem para o telespectador", ressalta.

Culpa na crise
O que se verifica, em tempos bicudos como os de agora, é que a crise consegue ser uma justificativa das mais cômodas onde não há vontade de trabalhar.

Exceção feita a Globo, que não para e não pode parar, nenhuma das outras grandes redes de televisão fez nada de novo nos últimos meses. Entraram em férias em dezembro e não voltaram até agora.

Tudo como era
É sempre importante bater na tecla de que existe uma estagnação bem perigosa em emissoras como Record e Bandeirantes, para não falar de outras menos votadas.
Nenhuma das duas produziu rigorosamente nada nos últimos três meses. Estão só vendo a vida passar lá fora.

Situação conflituosa
E esta é uma situação das mais complicadas para se entender. A Bandeirantes não faz porque alega não ter dinheiro. E criatividade, constata-se, também não.
Na Record, onde o dinheiro sobra e a sua igreja sempre supera toda e qualquer crise - aliás, sempre se dá bem com elas, não há competência em fazer. Complicado.

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