A reestruturação pela qual passa a ESPN em todo o mundo, incluindo o Brasil, é resultado de um aumento substancial no custo de licenciamento de eventos esportivos. Essa é a opinião de executivos de programadoras de TV ouvidos pelo Tela Viva, por Fernando Lauterjung.
O CEO da ESPN, John Skipper, anunciou aos funcionários da empresa nesta semana um plano de mudanças organizacionais em um processo que "contará com a eliminação de algumas posições".
A operação da ESPN no Brasil também será impactada, mas o tamanho do corte ainda não é confirmado pelos executivos brasileiros.
A inflação no mercado de direitos, apontam as fontes nas programadoras, é resultado da estratégiados grandes grupos de mídia para sobreviver às mudanças na forma de consumo de conteúdo. Os canais esportivos são os que têm algum valor em um cenário no qual a distribuição de conteúdo de forma não-linear tende a ser dominante, através do vídeo sob demanda.
As fontes apontam que o valor do esporte já é sentido nas negociações com as operadoras. Com uma tendência de cancelamento das assinaturas de TV, sobretudo entre os mais jovens e de forma mais acelerada nos Estados Unidos, as programadoras ganham um poder de barganha. Isso por que as operadoras perceberam no esporte uma ferramenta importante para segurar o aumento do churn.
"Todos os grupos de mídia que investiram em canais de esportes nos Estados Unidos conseguiram valorizar todo o seu conjunto de canais, mesmo com a queda da base", diz uma fonte. "Não há, no mundo, um case de sucesso de canal independente de esportes. A conta dos canais esportivos não fecha. O custo da operação e do conteúdo desses canais só pode ser pago pelo pacote oferecido às operadoras", revela outra fonte.
Fonte:http://www.esporteemidia.com/2015/10/precos-de-direitos-talvez-expliquem.html
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