TV paga: Brasil lidera acessos piratas na América Latina

A pirataria que representa quase uma Sky no mercado nacional - acendeu o sinal vermelho nas operadoras do serviço. Na NET, por exemplo, equipes trabalham especificamente para fiscalizar o roubo de sinais, num modelo de força-tarefa, mas ainda assim, a companhia destaca que não é simples esse combate, mesmo com o maior apoio da ação policial. "Temos pena quando o usuário é preso junto com o criminoso que vende, mas a tipificação do crime se faz necessária", disse o presidente do grupo América Móvil, José Félix, ao ser indagado sobre o tema.

Em painel realizado na ABTA 2015 sobre o tema, nesta terça-feira, 04/08, Felipe Herzog, da diretoria de relações institucionais e governamentais da Sky, sustentou que os casos de pirataria na TV por assinatura no Brasil correspondem a mais de 60% dos casos de toda a América Latina. E esse dado se comprova com a pesquisa apresentada pela entidade. A base de assinantes de TV paga no Brasil passou de 18,5 milhões em maio de 2014 para 19,7 milhões em maio de 2015, um crescimento de 6,1%, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Isso significa que o número de lares com acesso a esses serviços já chega a 24,2 milhões. Portanto, o país já tem 4,5 milhões de usuários clandestinos, um mercado que cresceu 8,6% entre maio de 2014 e maio de 2015.  O estudo, realizado pela consultoria H2R, foi apresentada no primeiro dia da Feira e Congresso ABTA 2015, que acontece até a próxima quinta-feira em São Paulo. Este é o segundo estudo sobre furto de sinal a pedido da ABTA.

No ano passado, o levantamento em 16 regiões do Brasil mostrou que o país contava com 4,2 milhões de lares captando sinais clandestinamente, o que equivalia a 18% do total de assinantes. Neste ano, os ilegais representam 18,8% da base de lares conectados à TV paga.
Entre as programadoras, a pirataria também assusta e Fernando Medin, da Discovery, faz um mea culpa. Segundo ele, a indústria da TV paga passou por um boom e não ficou atenta ao combate da pirataria. E manda um recado: o roubo de sinal causa mais estrago que a Netflix, vista como grande rival pelas operadoras.
"Em vez de tentar fazer novas leis, por que não cumprimos as que já existem? Fazer aplicar a lei do roubo de sinal deveria ser foco de todos Netflix não elimina a cadeira de valor, diferente do roubo de sinal que mata a cadeia de valor. A lei está aí, vamos nos focar em fazê-la cumprir", completou.
*Com informações da Assessoria de Imprensa da ABTA

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